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sábado, 23 de julho de 2011

O transporte público e a classe média aracajuana

Sexta-feira, dia de sair pra balada com os amigos, certo? Errado! Dia de ficar em casa pensando numa campanha de marketing digital pra uma agência pra ver se consigo um emprego. E o fim de semana inteirinho vai ser quebrando a cachola com isso. Mas, cá estou eu com os neurônios em altas sinapses, quando chega minha amiga Povobunda Débora Andrade se papocando de rir no chat do Facebook e me manda olhar o comentário numa foto que o superintendente da SMTT de Aracaju, Antônio Samarone, postou em seu perfil na rede. Até aí tudo ok. O post levava à discussão, já que o tema é bastante problemático, ainda mais aqui nessa capital, quem já leu meu  post sobre isso sabe que é um verdadeiro desafio.

Eis a foto e o comentário:


Ah, meus amigos, até agora, meia noite em ponto (até assustei quando olhei no relógio), essa postagem já tinha rendido 81 comentários, alguns não tão amistosos, mas todos polidos, comedidos, respeitosos, chegando a dar gosto ver a educação dos concidadãos sergipanos por nascimento ou por adoção, cabendo brincadeiras, metáforas, preconceitos contra a classe média os novos ricos - de acordo com a marca em vermelho -  e até alguns chistes do nosso superintendente virtualmente sociável.

                                 
Mas esperem! Nem tudo são flores no reino do Face e nem todo mundo é proveniente da camada erudita da população. Inclusive eu, classe média assumida, embora pense estar ainda longe de ser uma nova rica, já que não tenho carro pra andar a mais de 60 km/h e dependo do transporte público.
Cá pra nós andar de coletivo só deve ser bom em New York City mesmo, porque aqui no Brasil...
Falando na polidez e erudição eis que chega Sherlane Silva com toda sua espontaneidade e torna a noite mais risível. Também classe média e membro da Guarda Municipal de Aracaju, Sherlane é dessas que fala o que pensa e quando lhe dá na telha, divertida até não poder mais, ela não quis saber se nos Estados Unidos era prioridade andar à pé ou se ter carro lá era caro. Vive no Brasil e mais precisamente em São Cristóvão e, segundo ela, só vai andar de ônibus quando o problema do transporte público for resolvido pelo superintendente. Na verdade, ela disse o que todos nós queríamos dizer resumindo tudo numa única frase:


E para desespero de José de Almeida Bispo, viva a classe média!


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