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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Instituto Vladimir Herzog resgata imprensa que resistiu à Ditadura‏

“O Projeto Resistir é Preciso” documenta a História da imprensa brasileira que nasceu, cresceu e se expandiu no exílio, na clandestinidade e até nas bancas de jornais


O Instituto Vladimir Herzog, criado em 25 de junho de 2009, irá apresentar, ainda neste mês, a coleção de 12 DVDs “Os Protagonistas dessa História”, que contêm os depoimentos de 60 jornalistas que combateram a Ditadura no Brasil, produzindo e distribuindo jornais de contestação do regime. 
Esta coleção faz parte do projeto “Resistir é Preciso...” (www.resistirepreciso.org.br), que registra toda a trajetória da imprensa brasileira que, durante as décadas de 1960 e 1970, atuou no exílio, na clandestinidade e até mesmo em bancas de jornal. O Projeto insere definitivamente na História do Brasil, de forma documentada, o papel desempenhado por estes jornais – legais e ilegais – que circularam para difundir idéias, mesmo sem a concordância do poder da época. Além disso, assegura que as novas gerações não percam a memória daqueles dias para que isso nunca mais se repita.

Patrocinado pela Petrobras, o projeto “Resistir é Preciso...” abrange uma pesquisa de mais de 300 jornais, organizada pelo historiador José Luiz del Royo e, além dos DVDs com 60 depoimentos de jornalistas que combateram a Ditadura no Brasil, compreende dez documentários de 26 minutos, programetes de três minutos, uma publicação ilustrada bilingüe, um portal na Internet e algumas exposições no Centro Cultural Banco do Brasil.

O lançamento da coleção de DVDs será no dia 27 de junho, no Memorial da Resistência, em São Paulo (SP). “Estamos comemorando o fato de já termos reunido as mais de 300 publicações deste período tão critico, debatido até hoje no Brasil”, explica Ivo Herzog, filho de Vladimir Herzog e diretor do Instituto.

Ao organizar um projeto com esta dimensão, o Instituto cumpre um de seus objetivos principais: preservar parte importante da História recente do Brasil, com a formação de um acervo multimídia, mantendo foco nas decorrências do Golpe de 1964, a partir da trajetória de vida de Vladimir Herzog. A data do lançamento do Projeto foi escolhida justamente por marcar o aniversário de dois anos de fundação do Instituto e quando Vladimir celebraria seu 74º aniversário.

Um dos jornalistas que contribuíram para o Projeto “Resistir é Preciso...” foi Reynaldo Jardim, que faleceu devido a um aneurisma um dia após dar seu depoimento. “Temos mais de seis horas de material bruto”, conta Ivo Herzog. “São histórias fortes, algumas inéditas, misturadas a depoimentos históricos. Grandes nomes do Jornalismo falaram sobre a Ditadura e sobre a imprensa da época. Ter o depoimento de Reynaldo Jardim, por exemplo, que, infelizmente, faleceu um dia depois de gravar sua mensagem, é uma honra para o Projeto”, completa.

Também deram seus depoimentos jornalistas de destaque como Paulo Moreira Leite, Juca Kfouri, Fernando Moraes, Audálio Dantas e Carlos Azevedo, entre outros profissionais que foram protagonistas da resistência e combate à Ditadura.

Sob a Coordenação Geral de Clarice Herzog, o projeto “Resistir é Preciso...” tem como coordenadores de conteúdo e de pesquisa os jornalistas Ricardo Carvalho e Vladimir Sacchetta e como curador de exposições, o artista plástico e protagonista cultural Fábio Magalhães.

A coleção de 12 DVDs será distribuída a bibliotecas e universidades. Além disso, o Projeto tem parcerias já firmadas com a Biblioteca Nacional, Arquivo Nacional / Memórias Reveladas e Cedem - Centro de Documentação e Memória da Unesp.

O Projeto está também alinhado com o objetivo do Governo Federal de criar e instalar a Comissão da Verdade, visando tornar públicos fatos e documentos da História recente do País e promover o direito dos cidadãos à memória e à verdade.

Sobre o Instituto Vladimir Herzog

O Instituto Vladimir Herzog (www.vladimirherzog.org), criado em 25 de junho de 2009, é uma organização sem fins lucrativos com neutralidade político-partidária, que tem a missão de contribuir para a reflexão e produção de informações que garantam o direito à vida e à justiça.

domingo, 12 de junho de 2011

Resposta a estudante Bárbara Souza

Este texto foi escrito e enviado ao jornalista Cláudio Nunes para que fosse publicado em seu blog na Infonet. Como me senti particularmente ofendida, e este é o meu espaço, resolvi publicar aqui também.

Caro, Cláudio Nunes é em respeito à sua coluna e ao jornalista que você é, que me senti no dever de escrever um texto em resposta a essa estudante Bárbara Souza em suas acusações ao movimento Chega de Migalhas.  Para melhor organização de minhas idéias responderei por pontos:
a) os verdadeiros interesses dos grupos que se camuflam "na defesa dos interesses estudantis".Tenho suas falas gravadas, sempre as mesmas. "Não vamos ficar parados pessoal" Até quando vamos aceitar isso?", e por aí vai.
Que verdadeiros interesses são estes que ela supõe além da real melhor estrutura para o curso, e que ela mesma aponta algumas das deficiências. Se as falas estão gravadas e são sempre as mesmas é pelo simples motivo de que há 04 anos, desde que entrei na Universidade, os problemas são os mesmos e que vem piorando a cada período. E não ficamos parados, realmente! Não aceitamos o que nos era imposto e, sim, ocupamos a reitoria, pois o reitor nunca se dignou a nos atender em pregressas reivindicações. Em 2009 entregamos, em mãos, um documento ao vice-reitor, Ângelo Antoniolli, apontando os problemas que tínhamso já naquela época e este nos “prometeu” uma audiência com o reitor. Audiência esta que nunca aconteceu, senão menos de 24h após a ocupação.  E para isso existem fotos comprovando o ato.
b) O "famoso" Doug se acha mesmo muito esperto, falando um monte de besteira. Mas, besta mesmo é quem se deixa ser usado como a colega diz, como massa de manobra. A ocupação na reitoria seria uma verdadeira luta, se estivesse sendo liderada por estudantes com único e verdadeiro interesse na melhoria do curso de comunicação social.
Em resposta a isso tenho que defender Doug, apesar de existir entre nós diversas divergências ideológicas. Famoso ou corajoso? Penso que ela errou na adjetivação. Doug ou Vinícius é um dos que mais lutaram pela melhoria do nosso curso. O que ela considera “ser esperto”? Baixar a cabeça e engolir as migalhas que nos eram servidas junto com a luta por refrigerante no Resun feita pelo DCE da UFS? Muito importante e salutar lutas como essa. Realmente melhorará a estrutura da universidade como um todo.
Agora, digo, a ocupação da reitoria foi um verdadeira luta, nela não houve líderes, mas pessoas unidas com um mesmo interesse. Estudantes que iam dormir às 2h da madrugada e acordavam às 6h para dar início às atividades do dia. Que se reuniam em busca de uma melhor solução para as nossas situações. Gente que perdeu trabalho, aula, deixou a família em casa para se dedicar a uma causa em que acreditavam. E que, graças a essa coesão e solidariedade, não só dos estudantes do curso de comunicação, mas a de diversos estudantes dos outros cursos problemáticos dentro da Universidade e de pessoas e entidades de toda a sociedade, saiu vitoriosa.  Vitória esta que ultrapassou o campo da comunicação, pois a Universidade ficou responsável de fazer injunções ao MEC para rever a forma de contratação de docentes, conforme você poderá ler na ata da reunião com o MPF.
c) Nos falta laboratório, a rádio não tem nada de comunitária, nosso jornal impresso é semestral!!Dependemos dos equipamentos do CESAD, que claro, tem a prioridade. Não me envolvo nestas reivindicações falsas dos grêmios estudantis, sempre me foi muito óbvio a participação de determinados partidos políticos.
Ora, aqui ela própria elenca alguns problemas, mesmo com algumas distorções, mostrando como ela está a par do que acontece em seu próprio curso. Primeiro a rádio não é comunitária, mas universitária e educativa e o nosso jornal laboratório não é semestral, mas trimestral, mas como ela poderia saber disso, se ela não freqüenta as aulas, não é mesmo? Talvez ela nunca tenha se envolvido em lutas de grêmios estudantis, pois estes ela deixou para trás quando saiu do ensino médio, mas mais uma vez reforço, como ela poderia saber disso, se nunca foi a uma reunião sequer do Diretório Acadêmico? Com relação à participação de partidos políticos, ela está equivocada. Não houve a participação de nenhum deles, porém havia lá estudantes de diversos, inclusive muitos deles nos enviaram moções de apoio, como o PT por meio da JPT. Eu mesma, embora não militante, sou filiada há dois anos ao PC do B. Será que este partido, ao qual o DCE é ligado, por meio da UJS, também teria interesses? Se tem, não estou sabendo, pois durante os 10 dias em que fiquei na ocupação,  nenhum representante do diretório central nos procurou para nada. Aliás, sua única ação foi retirar alguns dos cartazes que pregamos na Universidade e espalhar panfletos solicitando que houvesse venda de sucos no restaurante universitário enquanto não havia a volta da venda de refrigerantes, pois os alunos eram ‘obrigados” a carregar as pesadas latinhas de 350 ml na fila, que por sinal, é imensa. E afirmo isso porque eu mesma vi.
d) Estes alunos que se dizem defender melhoria na UFS, nem as aulas frequentam! Pergunte a eles quantos anos estão na universidade! Por favor!
Não posso falar por todos, mas por mim posso. Eu freqüento as aulas, todos os professores me conhecem e sabem de minha dedicação não só às aulas, mas aos trabalhos extra-classe também. Tanto que fui Bolsista de Iniciação Científica  por dois anos consecutivos, orientada pelo professor Carlos Franciscato;  Bolsista de Iniciação à Extensão em 2008 com o mesmo professor, e mais uma vez agora com um projeto de rádio que é veiculado na rádio UFS, orientado pelo professor Matheus Felizola. Além disso, desenvolvo e tenho publicado diversos artigos científicos nas áreas do Marketing e do Jornalismo e, somente para citar minhas atividades acadêmicas, faço parte do quadro de locutores da rádio UFS, para o qual houve ampla concorrência. Durante todo esse tempo, além dessas atividades, também estagiei na Secretaria de Saúde Municipal e no E-aju, da Secretaria Municipal de Comunicação. Daí eu te pergunto, com todas essas atividades eu sou figura freqüente nas aulas, enquanto que essa Bárbara Souza já trancou diversas disciplinas ou foi reprovada por faltas, sei disso, porque peguei diversas com ela e tenho a lista de presença para provar. Portanto, Bárbara, penso que você não pode falar sobre quem freqüenta ou não as aulas, não é verdade? Diga você quando concluirá seu curso. Alguns atrasam porque precisam trabalhar para pagar as contas, como foi o meu caso que atrasei o curso em dois períodos.
e)o movimento Chegademigalhas seria válido, se feito com o propósito original de protestar contra as deficiências no nosso curso, mas o que está na reitoria é um circo armado! Poderia citar os principais nomes, mas prefiro não me envolver. Não é justo parar as aulas por uma manifestação ridícula, onde não há espaço para o bom senso e para a discussão de idéias viáveis ao entendimento de melhorias do curso.
O movimento Chega de Migalhas foi válido, tanto que ultrapassou os problemas do curso de comunicação e será ampliado por toda a Universidade. Deliberação feita com os mais de 300 estudantes que compareceram à Assembleia Estudantil convocada por nós do movimento Chega de migalhas, onde os estudantes vinham a público relatar as deficiências de cada curso. Essa Assembleia pode não ser reconhecida, mas há quatro anos o DCE não convoca uma assembléia. Por isso a fizemos, e o comparecimento dos alunos só mostrou que eles estão querendo melhorias. Que eles, assim como nós também estão gritando Chega de Migalhas! Circo armado? Onde um espaço em que havia debates, aulas públicas e grupos de discussão das mais diversas áreas pode ser considerado um circo? Citar os principais nomes? Desde já ofereço o meu para compor, pois se ser acusada de lutar pelo que acredita, de reivindicar o meu direito por uma educação superior de qualidade é crime, então que me acusem! Além disso, em momento algum paralisamos as aulas, se ela considera o exercício de cidadania uma manifestação ridícula, penso que a falta de bom senso e de discussão de idéias está ao lado dela e não do nosso. Que ela fique então aceitando o refrigerante do DCE para ajudar a engolir as migalhas envelhecidas e ultrapassadas do pão e circo da calourada do desmantelo. Enquanto isso, nós lutaremos, ocuparemos e reivindicaremos nosso direito. Permaneceremos ocupados. Ocupados com a luta pela educação de qualidade. E à essa luta convoco a todos dentro e fora da Universidade para, conosco, gritar       CHEGA DE MIGALHAS!
 Desde já agradeço o espaço

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Daquilo que eu buscava e já não quero mais

Eu ando mudando meus valores. O que antes me era fácil está se tornando difícil. Sem falsos conservadorismos ou pudicicia, nunca fui adepta dos padrões impostos pela sociedade. Sempre fiz o que tive vontade, desde que não prejudicasse ninguém. Não que estes meus valores estejam mudando, mas EU estou mudando.
Não percebo mais em mim a ânsia contínua por novos sabores, novos gostos, novos corpos, novos prazeres. Claro que quero tê-los eventualmente, mas não com o afã que me consumia até os 30 anos. Talvez seja a maturidade que chegou e, do alto dos meus 35 anos, estou reparando mais nos meus anseios.
Já não quero mais a variedade, senão a constância do dia-a-dia. Agora o que quero é encontrar alguém e com ele ter a inconstância, descobrir e perceber as coisas de forma compartilhada, apreciando as pequenas descobertas. Já não me sinto satisfeita com a incerteza que sempre me incendiou e impulsionou. Agora o que quero é descobrir algo novo naquilo que eu já conheço, novos sabores na comida que sempre me apeteceu, novos gostos e prazeres no mesmo corpo já conhecido.

Agora o que quero é o desassossego intenso presente na calmaria.

sábado, 4 de junho de 2011

Teorema de Pitágoras - nova metodologia de ensino


Pitágoras estava com um problema e não conseguia resolver.

Além disso, não parava mais em casa.

A mulher dele, Enusa , aproveitava-se da situação e transava com os quatro cadetes do quartel ao lado.

Um dia, Pitágoras, cansado, voltou mais cedo para casa, pegou Enusa no flagra e matou os cinco, que faziam uma orgia.

Na hora de enterrar os safados, em consideração à esposa, dividiu o cemitério ao meio e de um lado a enterrou.

O outro lado dividiu em quatro partes e enterrou cada cadete num quadrado.

Subiu na montanha ao lado do cemitério para meditar e, olhando de cima para o cemitério, achou a solução do seu problema.

Era óbvio:
O quadrado da Puta Enusa era igual a soma dos quadrados dos cadetes.