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sábado, 23 de fevereiro de 2008

Acho que devo estar em crise existencial.
Não tenho andado com vontade de fazer um monte de coisa.
Preciso estudar mais, ler mais, amar mais. Fazer tudo mais.
Minha incipiente vida está um decréscimo total. Falta de dinheiro, então, nem se fala. Estou precisando de um monte de coisa. Menos de comida. Acho que tenho comido demais. Aliás, a única coisa que ando fazendo demais.
Deve ser falta de trabalho. Estou acostumada a trabalhar e tive de optar entre o trabalho e a faculdade. Fiquei com a faculdade e com meu sonho de ser jornalista. Nunca quis ser advogada. Sempre quis escrever em um jornal. Mas resolvi tentar um pouco tarde.
Na turma da facul eu sou a mais velha. Já passei dos trinta, mas não revelo o quanto (um pouco por vaidade). Quando me formar estarei beirando os quarenta. E com esse mercado altamente competitivo e com a turma jovem e pensante que percebo me rodear, não sei quais serão minhas chances. Só vou pensar nisso quando chegar a hora.
Profundidade nunca foi o meu forte. Mas gosto de pesquisar. Agora estou profundamente indecisa se entro para o meio acadêmico ou não. E também daria pra conciliar se eu trabalhasse em jornal.
Entretanto, o dinheiro da profissão parece estar em Assessorias de Comunicação. As Ascom da vida e sua eterna maquiagem. Nesse campo o jornalista é muito mais um relações públicas. Ou um vendedor. Bem, pelo menos em vendas eu me saio bem. Quanto à relações públicas, não tenho muito certeza.
Sou muito autoritária e confesso que me delicio quando percebo que consigo manipular ou exercer influência em alguém. Não sei se é uma característica boa ou ruim, mas quando me disponho a algo, geralmente consigo e não me importo muito com os meios que terei de usar para conseguir. Falta de escrúpulos? Talvez. Egoísmo? Sim. Altruísmo apenas para ajudar outros sem que para isso eu precise me sacrificar. Sou muito territorialista e detesto que invadam meu espaço.
Claro que não ataco. Sou pacífica. Detesto confusão. E pra não entrar em uma faço meus ouvidos moucos e meus olhos cegos. Assim não me aborreço. E geralmente consigo conviver.
Enfim, a crise continua, depois dos trinta ela é contínua, embora às vezes nem perceba, tão entranhada que está. O que não muda nunca é a alegria. Você deve estar se perguntando o que tem haver alegria com crise existencial. Oras bolas, eu não preciso estar triste para estar em crise. Ou posso utilizar a alegria como máscara para todo o abismo em que está mergulhada a alma. Assim esqueço da crise e não aborreço ninguém. Nem a mim mesmo.

Um comentário:

Anja-Demoníaca disse...

Otimismo amiga!
Adoro te ter aqui, no coração, não importa a distância fisica, sabes que estou aqui.
bjos minha linda!
Alegrou minha noite