21h. Telefone toca. Ela acorda, vê a imagem dele na tela e atende.
Ele: Eu não sei por quê estou te ligando. Mas eu precisava dizer que nada do que eu disse era mentira. Que eu te amo e sinto sua falta da hora que acordo à hora em que vou dormir.
Ela: Eu também. Sua ausência é uma doença sem cura. Tento somente conviver com ela. Tem dias que estou muito bem. Tem dias que estou muito mal.
Ambos choram.
Ele: Eu sei que é difícil entender, mas eu não menti sobre o que eu sinto. Só não deixa morrer o que a gente sente. Um dia ainda vamos nos encontrar.
Ela: As coisas só acontecem na hora que elas têm de acontecer.
E assim ele voltou pro estado de ausência.
E assim ela continuou no estado de inexistência.
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